quinta-feira, 4 de julho de 2013

Administrar Desequilíbrios


Administrar Desequilíbrios
O Brasil e seus analistas (sejam os profissionais ou os amadores) não se dão conta, pelo menos até o momento, de que o cotidiano humano, seja na dimensão pessoal, seja na dimensão institucional, seja na dimensão administrativa,  Pública e Privada, obrigatoriamente, deve ADMINISTRAR DESEQUILÍBRIOS.   Basta a nós. Pobres Mortais, chegarmos ao fim do mês e termos de administrar nosso ORÇAMENTO DOMÉSTICO, para percebermos isto.   É simples quando paramos para pensar, um pouquinho que seja, entender esta RACIONALIDADE OBRIGATÓRIA.    O que nos acontece na dimensão grande da Administração Geral do país, que não nos leva a perceber isto ?   É simples.   Não percebemos porque não paramos para pensar.   Vamos dar uns poucos exemplos para ficar claro o que acontece.  
Por quê pagamos Impostos elevados sobre o Consumo ?   É por que os Impostos sobre a  Renda, sobre o Patrimônio e sobre a Movimentação Financeira são baixos ou próximos de nulos.    O Imposto de Renda beneficia a classe A e B, com isenções fiscais sobre gastos que só esta duas classes podem fazer.  Observem : pagamento de gastos com empregados; com planos de saúde; com despesas médicas; com despesas com livros, com despesas de escolas pagas etc etc etc;    Impostos sobre patrimônio são quase inexistentes, à exceção de transmissão inter-vivos nos negócios imobiliários; algum sobre herança como impostos sobre inventários ou doações patrimoniais; no pagamento de IPTU (este pago, genericamente, por não mais do que 50% de proprietários).    Sobre movimentação financeira, o que havia, IPMF, foi torpedeado pelas classes A, B, Média e Empresarias e pelos  representantes de todos estes no Congresso Nacional,   Portanto, o grosso da arrecadação de impostos recai sobre as classes C, D, E, já que as demais,  as Altas, relativamente aos seus ganhos,  pouco consomem e a Pobreza Absoluta, por que nada ganha, nada consome (por isto dizem que o pobre vive de teimosia).    O pouco que existe como políticas compensatórias, via Setor Público, aparece na Educação Pública  Gratuita (de baixa qualidade), na Saúde Pública Gratuita (de péssima qualidade) e nas Políticas Públicas criadas para apoio da população em estado de pobreza absoluta tendo o Bolsa - Família como carro-chefe.  As demais áreas de  Administração Pública, direta ou concedida, como Justiça, Segurança Pública, Transporte Público, Comunicações, Serviços de Água/Saneamento(Dejetos sólidos humanos, de atividades agrícolas, industriais, de serviços),, , são de natureza precária a precaríssima e, quando cobrados, são cobrados com altas tarifas,relativamente aos ganhos da população (como as questionadas pelas manifestações recentes).   Na própria Administração Pública, os benefícios indiretos sobre salários são dados - com prodigalidade -  aos que já recebem os altos salários, como alto escalões administrativos;  Castas _Privilegiadas como pessoal do Poder Judiciário; do Poder Legislativo; alguns do Poder Executivo, como pessoal de Receitas, do Setor Financeiro, da Diplomacia.   
Diante disto tudo começa-se a protestar e discutir a possibilidade de subsídios para redução dos gastos da população com transporte público.    Primeira pergunta : de onde virão os recursos e  qual o seu  volume ?

Deixo esta pergunta no ar para vocês amadurecerem mais a idéia de como administrar os desequilíbrios existentes no Brasil, alguns como VERDADEIRAS IRRACIONALIDADES, como a de funcionários dos três Poderes Públicos - Executivo, Legislativo. Judiciário -,auferindo salários e benefícios muito, muito  mais acima do que recebem idênticas funções de trabalhadores dos Setores Privados.     Não é por menos que a Lei de Transparência recentemente adotada no País – por iniciativa da Legislação Internacional - começa por tornar pública a lista de salários de servidores públicos no Brasil.   A atual Lei de Transparência de Impostos nas Compras comerciais vai nos colocar sabedores de que os Impostos sobre Consumo representam - em média – 70/75% de nossa Carga Tributária, próxima, para menos,  de 40%, na atualidade.   Devemos admitir que está faltando um protesto contra a atual Carga Tributária e seu perfil, assim como inúmeros outros protestos..    abs. e amadureçam  bem o que pensar sobre desequilíbrios, principalmente os de origem na IRRACIONALIDADE. 

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