segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Unidade e Diversidades ou Individualidade e Sociedades

     Nas ciências físicas aprendemos que nossos mundos conhecidos pelos nossos sentidos, se constroem desde uma unidade, ou desde unidades, até uma grande diversidade de diversidades.    Desde cedo aprendemos sobre átomos de elementos que se conjugam na formação de moléculas que se conjugam na formação de células que se conjugam na formação de tecidos que se conjugam na formação de órgãos que se conjugam...que se conjugam...que se conjugam...até a visão das diversidades que conhecemos.   Nas ciências cosmológicas os diferentes universos conhecidos pelos nossos sentidos  nascem de asteróides e planetas orbitando em torno a estrelas gigantes como miniuniversos que se irão conjugando a outros miniuniversos em órbitas, seqüencialmente mais colossais. contendo mais e mais corpos celestes até cristalizar-se em galáxias que se movimentam em torno de um umbigo central, formando mesouniversos, que se conjugarão para formação de universos que coexistirão com outros universos.
     Acabamos de descrever rotas de mundos animados e inanimados, de mundos orgânicos e inorgânicos, desde suas unidades básicas até suas diversidades complexas e gigantescas.    É o mundo em que vivemos e que tão difícil é para nós ser um habitat satisfatório e acolhedor.    É nossa Unidade que se nutre das Diversidades ao seu redor e que, genérica  e freneticamente, deve lutar por estes nutrientes em busca de sua sobrevivência, quer contra outras Unidades, quer contra muitas Diversidades.
     Paralelamente aos mundos físicos, orgânicos e inorgânicos, nossas Individualidades, que formam um primeiro plano de Diversidades ou de minisociedades no mundo não físico mas, social, irão enfrentar - para suas sobrevivências - uma dupla jornada : nutrir-se nos mundos físicos, orgânicos e inorgânicos, e adaptar-se às diversas Sociedades deste novo mundo social.    Não é da gente começar a ter pena de pobres coitados como nós ?    Claro que é!  O mundo está cheio de doenças e mortes causadas pela incapacidade de Individualidades enfrentarem os desafios exigidos pela sobrevivência dos mais adaptados e dos mais fortes.   A própria formação  das Sociedades é fruto dos arranjos que se fazem para que as Individualidades se façam mais fortes agregando-se em mini, meso e macro-sociedades com propósitos de resistir à morte e ao extermínio.    Assim como as Individualidades mais fracas ficam à mercê das Individualidades mais fortes, estas Individualidades mais fortes unem-se para maior fortalecimento próprio em Sociedades mais fortalecidas para subjugarem Sociedades e Individualidades mais fracas.  
     É sempre útil uma parada estratégica para que possamos digerir o que lemos, mesmo que tal não seja novidade, para consolidar um conhecimento prévio que se constitua base de uma estrutura sólida de conhecimento porque só o CONHECIMENTO ESTRUTURADO se consolida em nossa memória e nos permite mais e mais círculos concêntricos de conhecimentos, ampliando nossa capacidade de entender os meandros e labirintos dos mundos em que vivemos.  
     Vou parar por aqui.

domingo, 19 de setembro de 2010

Nossos Círculos Sociais Circundantes

     Nossos círculos sociais circundantes são todas as pessoas, fatos, instituições, que nos circundam, com os quais nos relacionamos e que são parte integrante da formação de nossa individualidade.   Podemos enumerar o que quisermos como integrantes de nossos círculos sociais circundantes - pertencentes ao mundo físico, pessoal, virtual, mental, espiritual.    Nossa individualidade começa a ser plasmada no convívio familiar (qualquer que seja a família a que iniciemos pertencendo, biológica ou de contato ou de adoção, a exemplo de quem seja jogado no lixo quando nasce - a que família pertence ? - pois a quem o ache, a quem o acolha, a quem ou àquelas que o ajudem a sobreviver).    Nosso inconsciente, a princípio se encarregará de gravar nossos medos, satisfações, emoções e sentimentos que perpassam por nossa vida, ao seu tempo sem história.  Nosso consciente, alguns anos a seguir, se encarregará, juntamente com nosso inconsciente sempre ativo ao longo de nossa vida, de gravar alguns de nossos momentos que passarão a ser nossos momentos históricos.    No desenrolar de nossas vidas, teremos : círculo familiar( com pais, irmãos, tios, primos), círculo escolar, círculo de grupos, círculo de amigos, círculos de trabalhos, novo círculo familiar (cônjuge, filhos, netos, bisnetos, sogro, sogra, cunhados), círculos das diversas entidades, instituições, de natureza física, pessoal, virtual, mental, espiritual.
     Estes universos complexos - sempre em formação e transformação - farão com que nossa individualidade esteja sempre em formação e em transformação - buscando um equilíbrio (sempre instável, nunca estável) entre a unidade que somos e a diversidade dos meios em que vivemos.
     Daí porque, modernamente, nossas indivualidades são ditas marcadas por nossos genes (nosso mundo fisico/químico) e nossos meioambientes.
     Nosso mundo individual estará sempre buscando viver em equilíbrio com  nossos mundos externos - quase sempre sem conseguí-lo.   A arte de viver consiste em  ser capaz de atingir - como máximo - um  equilíbrio instável satisfatório nesta gangorra mundo individual x mundos externos.     Daí porque sempre nos depararemos com tantas regras de convivência, não escritas e escritas, entre nossa individualidade com outras individualidades e com outros micro, meso e macrouniversos que nos rodeiam.
     Agora, vou dar um tempo para que todos possamos refletir um pouco e mais um bocado a respeito destas complexidades que nem sempre conseguimos entender, razoavelmente, e que nos azucrinam o tempo inteiro, sem que saibamos criar saídas satisfatórias para os problemas que  nos criam.